domingo, 16 de setembro de 2012


Mercado Público de João Câmara

Foto: Mercado Público Municipal de João Câmara 

O Mercado Público de João Câmara funcionava onde está localizada a atual Praça Baixa Verde, João Câmara. Em 1981, o mercado foi demolido no mandato de Aldo Torquato, e em 1982, foi construído na atual Praça Antônio Justino de Souza. No ano de 1996, foram realizadas novas reformas em sua estrutura física.
Até hoje, as pessoas têm saudades do primeiro Mercado, que era livre e aberto para todos os comércios. Segundo a tradição, as pessoas costumam tomar “aquele” café da manhã reforçado com: picado, tapioca, carne de sol, cuscuz, etc.
Ouvimos também o senhor Lauro, um dos proprietários de ponto comercial. Este, por sua vez, nos informou sobre a importância do Mercado na economia da cidade.  Ficamos sabendo também da existência de um novo mercado, que está quase pronto, onde irá funcionar (na antiga usina) com novas instalações para a comercialização de: carnes, peixes, frangos, etc.  

                                 Foto: Praça Baixa Verde 
                                 (onde funcionava o antigo mercado público)

Entrevista: Com o Senhor Rosivaldo (presidente da Associação dos Feirantes), localizada na rua Capitão José da penha. 




 Escola Estadual Capitão José da Penha


A Escola Estadual Capitão José da Penha é a mais antiga instituição de ensino de João Câmara. Foi decretado grupo escolar pelo decreto nº 350, de 15 de outubro de 1927, devido à necessidade crescente de atendimento no município.  

Durante o período que vai de setembro de 1959 a 1961, o prédio Capitão José da Penha abrigou a escola Comercial, o antigo colégio João XXIII (atual Colégio Objetivo). Durante os anos de 1976 e 1977 funcionou também como escola do 2º grau, depois transferida para escola estadual Antônio Gomes.

A primeira professora se chamava Maria Henriques Maia.  


Foto: Escola Estadual José da Penha


Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens


A igreja Nossa Senhora Mãe teve início em sua construção no ano de 1937. Porém, sua inauguração foi realizada apenas em 1948. O primeiro celebrante foi o Monsenhor Celso Cicco, pároco da época.

Sua estrutura física foi construída no estilo romano, e é composta por um vitral pintado em arte portuguesa. Este tipo de pintura era feita com chumbo, por isso é considerada pelos ambientalistas prejudicial ao meio ambiente.




Monsenhor Luiz Lucena Dias


Um dos párocos mais influentes na história de João Câmara foi o Monsenhor Luiz Lucena, natural da Paraíba. Durante o período mais dramático da história de João Câmara, quando os abalos sísmicos deixaram dezenas de moradores desabrigados, Monsenhor Lucena, como é mais conhecido ficou ao lado da população prestando apoio espiritual e social. De acordo com os populares de João Câmara, o maior sonho deste cidadão "camaraense" era construir uma capela em seu sítio, localizado no distrito de Matão. O sonho foi realizado após o termino dos seus longos anos de dedicação ao município de João Câmara.

Atualmente a igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens tem como pároco o Padre Edvan Araújo. Que, por sua vez, vem realizando uma grande reforma na estrutura física da principal igreja de JC.



Fonte: Aluna de pedagogia Ezianne Monteiro

Os "Mendonças" do Amarelão

                                            


                                                      Os índios do "Amarelão" 

O “Amarelão” está situado no Município de João Câmara/RN, localizado a setenta quilômetros de Natal, com cerca de dois mil indivíduos e mais de duzentas famílias. Sua extensão territorial de aproximadamente cinco mil hectares apresenta uma terra seca e infértil, segundo atestam os próprios os moradores do lugar. 

O topônimo “Amarelão” está ligado a três versões advindas da herança cultural do grupo e de narrativas de sua história oral. De acordo depoimento tomado de um morador do Amarelão este topônimo surgiu porque os primeiros que chegaram para povoar a região eram de origem Tapuia (índios habitantes do interior norte-rio-grandense) e por terem a cor de pele “parda” , “amarela”, o lugar passou a se chamar Amarelão. 

Outra versão diz que um grande touro, muito bravo, de cor dourada (amarela) servia de diversão para os homens, quando promoviam rodeios, tentando amansar o animal e isso envolvia grande número de pessoas, transformando-se numa regular prática esportiva. Há também uma terceira versão, segundo a qual há muitos anos a população de João Câmara foi acometida por um surto epidêmico da febre amarela. Esta moléstia deixava a pele amarelada e atingiu também os “Mendonça”. Daí o lugar receber esse topônimo.

Fonte: Informações extraídas do livro: Fatos, causos e coisas. Autor: Aldo Torquato


Foto: Os índios do Amarelão e os alunos de João Câmara

Os Mendonças do Amarelão - Origens, Costumes e Tradições

Ninguém sabe ao certo quando os Mendonças chegaram ao local que hoje habitam, nem mesmo a origem do nome do lugar. A povoação formou-se, provavelmente, nos meados do século XIX, quando o Brasil ainda vivia o início do governo imperial Ninguém sabe ao certo quando os Mendonças chegaram ao local que hoje habitam, nem mesmo a origem do nome do lugar. É voz corrente entre os poucos historiadores que escreveram algo sobre os Mendonças que a povoação formou-se, provavelmente, nos meados do século XIX, quando o Brasil ainda vivia o início do governo imperial, portanto bem antes da cidade de Baixa-Verde ser fundada, o que só veio a acontecer em 1928.

Câmara Cascudo, em História de um homem, primeira edição (1954), livro que escreveu sobre João Severiano da Câmara, faz referência aos Mendonças, de quem diz que “moravam há mais de um século em regime tribal, mestiços de tupis fugidos dos aldeamentos que se tornaram vilas”. Em sendo assim, esta terá sido, muito provavelmente, a primeira povoação em toda aquela região circunvizinha, bem antes mesmo que Cauassu e Assunção.

A professora Jussara Galhardo Aguirres Guerra, em magnífica dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco, intitulada Mendonça do Amarelão: Os Caminhos e Descaminhos da Identidade Indígena no Rio Grande do Norte (Recife – 2007), após quase sete anos de pesquisas (2000 a 2007) conclui que os Mendonças são descendentes dos índios Tapuias, que habitavam a região de Araruna e Bananeiras no brejo paraibano, deslocando-se em levas durante o período que vai de 1830 a 1870, buscando refúgio depois de terem sido perseguidos por grandes proprietários que “compraram” as terras ao governo, as chamadas sesmarias. Em decorrência, diz a pesquisadora, “muitos dos nativos evadiamse para outros lugares mais seguros, formando aglomerados ou quilombolas porque perderam suas terras. Outros iam sendo aprisionados como escravos para servirem na lavoura das terras recém adquiridas”.

Foto: Pinturas rupestres encontradas no Amarelão

Foto: Pinturas rupestres de "mãos" 

                                              Foto: Flora típica do Amarelão 

Quanto ao topônimo, muitos atribuem que a sua denominação surgiu em função de uma epidemia de malária, conhecida também como maleita ou impaludismo. A doença teria assolado os habitantes da localidade, matando dezenas deles e deixando a população circunstancialmente com a pele amarelada. Como eram centenas os habitantes do lugar atacados pela doença, figurativamente as pessoas passaram a dizer que o lugar havia se transformado num verdadeiro amarelão. Gumercindo Saraiva, escritor conterrâneo, em trabalho realizado por minha encomenda como prefeito municipal, por ocasião do cinqüentenário de fundação do município, chegou à conclusão, extraída de relatos que obteve ainda quando criança, que o nome do lugar derivaria da cor naturalmente amarelada dos seus habitantes.

No que diz respeito às atividades laborativas dos Mendonças, sabe-se que, inicialmente, viviam quase que exclusivamente da caça e de pequenas lavouras de subsistência, tais como: feijão, milho e mandioca. Posteriormente, quando as grandes fazendas começaram a se instalar no Mato Grande, foram contratados em grupos de até cem homens para fazer os desmatamentos.

Quando chegavam ao local de trabalho, trazidos pelos caminhões do patrão, tratavam de armar seus puçás no armazém da fazenda, uns por cima dos outros. Depois, partiam para o campo, armados de chibancas, foices e machados, que conduziam sobre os ombros, e facas peixeiras na cintura. Milhares de hectares de terra foram desmatados por aqueles homens, mirrados, alimentados apenas com café preto, peixe avoador, rapadura e farinha seca, formando um verdadeiro exército de esquálidos, que, no entanto, tirando forças não se sabe donde, arrancavam pela raiz troncos erados, cortavam cardeiros, facheiros e cipós, matavam cobras venenosas, formavam grandes coivaras e depois tocavam fogo em tudo. Não se conhece um só grande proprietário de terra na região que não tenha se utilizado da sua mãode-obra eficiente e barata, contratada pelo sistema de “empeleitada”. Os Mendonças nunca gostaram de trabalhar na chamada “diária”. Foi através desse trabalho que os Mendonças passaram a se relacionar pessoalmente com homens como Antônio Câmara (Sêo Tonho) – por quem nutriam profundo respeito e admiração, trabalhando na fazenda Cavaco, situada no município de Touros, João Severiano da Câmara (em todas as suas vinte e tantas propriedades), seus irmãos Xandu e Loló, José Severiano, Antônio Justino, Pedro Torquato, Orlando Alves da Rocha, os irmãos Severo Victor e Felipe (Nô) Victor e muitos outros.



Além do desmatamento das terras ainda virgens, os Mendonças faziam o plantio e a colheita de diversas culturas, principalmente do algodão em seu período áureo. Com o rareamento dos trabalhos de desmatamento e a extinção do algodão pela praga do bicudo, na década de oitenta, os Mendonças passaram a viver quase que exclusivamente das suas pequenas lavouras de subsistência e da venda de castanhas de caju, que comercializam em Natal, nas repartições públicas e praias (é comum se encontrar um Mendonça vendendo castanha no Centro Administrativo e em Ponta Negra). Alguns, mais ousados, vão até o Recife. Durante os períodos em que abundam arribaçãs pela região, muitos deles se dedicam à caça dessas aves, que matam aos milhares e vendem nas cidades da região. Esta forma de sobrevivência tem lhes trazido inúmeros problemas, alguns chegando a ser presos, após entreveros com a polícia.


Fonte: Informações extraídas do livro: Fatos, causos e coisas. Autor: Aldo Torquato

A Serra do Turrião (João Câmara RN)


Situada no município de João Câmara, a 80 km da capital e pertencente à região do Mato Grande, a serra do Torreão é a sentinela mais avançada do grande planalto da Borborema, no sentido norte-oriental. É um iceberg solitário, com 145 metros de altura, de fácil escalação, recoberto de vegetação hipoxerófila, onde predominam, inclusive, palmeiras nativas chamadas de “coco-catolé” e cientificamente por siagrus coomosa, isoladas ou em densos agrupamentos. Há, também, euforbiáceas e mimosáceas, bem como a presença de exóticas, como a euphorbia tirucali, popularmente conhecida como “dedinho”  ou “avelóz”, que é utilizada localmente como cerca viva, com um látex terrivelmente cáustico que, segundo populares, tem poderes medicinais contra afecções benignas e malignas da pele. Em seu cimo, formado por uma calva granítica, conhecida como Pedra do Urubu, descortina-se uma belíssima paisagem. No seu sopé, há uma capelinha dedicada a São Sebastião, santo festejado efusivamente a 20 de janeiro pela população local que, após os atos litúrgicos, costuma subir a serra até o seu cimo.

                                          Foto: vista do alto do Turrião

Desde 1977, quando foi firmado um convênio entre a UFRN e a Prefeitura Municipal, na época administrada pelo prefeito Aldo Torquato, realizou-se importante estudo sobre a flora e a fauna da serra do Torreão, desde então considerada oficialmente o símbolo da cidade. O referido trabalho, chamado projeto Torreão, ocorreu de abril de 1977 até dezembro de 1978, com a aquisição de farto material zoológico, infelizmente perdido por falta de sua conservação, no âmbito da UFRN. Ainda dispõe-se de três livros de tombo, dois dos quais contendo relatórios e fotografias do projeto e um contendo toda a documentação fotográfica de uma exposição realizada na primeira semana de dezembro de 1977, durante a festa da padroeira local, Nossa Senhora Mãe dos Homens, na sala nobre do Colégio João XXIII. Cerca de 2.700 pessoas a visitaram, num acontecimento inédito para a região e para a própria cidade. Tais livros de tombo estão guardados na reserva técnica do Museu de História Natural do Seridó, na Estação Ecológica do Seridó, Serra Negra do Norte-RN, e tão logo se concretize um Museu de História Natural de João Câmara, para lá serão deslocados.

Posteriormente, do final da década de 80 para o início da década de 90,  houve tentativas fracassadas de recomeçar o Projeto Torreão, mas faltou o apoio tanto da UFRN quanto da própria prefeitura municipal.
A vegetação da serra do Torreão é composta de duas formações de caatinga. Uma,  é a caatinga hipoxerófila com uma vegetação de clima semi-árido, que apresenta arbustos e árvores com espinhos e de aspectos menos agressivos do que a caatinga hiperxerófila. Dentre as espécies, destacam-se a catingueira, angico, braúna, juazeiro, marmeleiro, mandacaru e aroeira. A outra formação é a caatinga hiperxerófila, que apresenta uma vegetação de caráter mais seco, com abundância de cactáceas e plantas mais espalhadas e  de porte mais baixo. Dentre outras espécies destacam-se nesse ambiente a jurema preta, o faveleiro, o marmeleiro, o xiquexique e  o facheiro.

Os solos predominantes na serra do Torreão são os seguintes: areias quartzosas distróficas com fertilidade natural baixa, textura arenosa, relevo plano, excessivamente drenado; podzólico vermelho amarelo, equivalente eutrófico, com fertilidade natural alta, textura média, relevo plano, moderada e imperfeitamente drenado, medianamente profundo; cambissolo eutrófico, com fertilidade natural alta, textura média, relevo plano, medianamente profundo.

As pesquisas realizadas pelo biólogo Adalberto Varela, da UFRN e coordenadas pelo professor José Aldo Monteiro, do grupo GENV, um dos entusiastas com o estudo e preservação da serra do Torreão, descobriram várias espécies desconhecidas na sua fauna rica de insetos aracnídeos, lagartos, serpentes, moluscos terrestres, aves e mamíferos. Ao todo, foram encontradas treze espécies de serpentes, mas a grande surpresa foi a descoberta de larvas de formiga-leão, da família dos neurópteros e uma espécie rara de escorpião preto, até então desconhecida da biologia, o Rhopalurus baixaverdensis que, por se tratar de uma espécie nova, recebeu o nome em homenagem à cidade.
Outra espécie rara, conhecida vulgarmente como  Lagarto Rex, de tamanho pouco superior a uma lagartixa e menor que um Tejuaçu, também é encontrada no local ,e somente nele, em toda a região do Mato Grande.

AS LENDAS QUE ENVOLVEM A SERRA DO TORREÃO

Conta o professor Gino Miranda, nascido na localidade Corte, quase ao pé da serra do Torreão, que, durante muitos e muitos anos, corria à boca pequena que, na década de vinte do século passado, um certo Júlio dos Matias, dado a pitar um inseparável cachimbo - de onde saíam abundantes baforadas -, mulato muito querido e conhecido em Baixa-Verde, por conta das suas histórias fantasiosas, gostava muito de caçar na serra. Os amigos sempre o preveniam dos riscos que corria, visto que uma onça habitava o lugar. Certo dia o mulato Júlio foi caçar e não retornou à noite, como era de costumes.

Apreensivos, os amigos e familiares foram à sua procura logo que raiou o dia e só encontraram os seus restos mortais graças a uma fumacinha que saía do cume da serra, onde fica a chamada pedra do urubu. Tal fumaça foi entendida como sendo um indicativo do local onde o corpo estava e teria saído, segundo os supersticiosos, do cachimbo do velho. Assim nasceu a lenda do Torreão Cachimbando, que na época servia para explicar o fenômeno meteorológico que ocorre nas serras em época de grandes invernadas, em dias mais frios, principalmente nas primeiras horas do dia, quando o cume da serra amanhecia todo envolvido por uma densa camada de nuvens, que se desfazia logo que o sol começava a esquentar.

Muitas pessoas diziam também que os estrondos que davam em Baixa-Verde eram por conta de uma cama de baleia que havia debaixo da serra. Segundo a crendice popular, o local, muito antigamente, fora mar e um grande reservatório de água se escondia por sob a serra. Nesse reservatório, morava uma baleia gigante que, quando se movia, provocava os estrondos.

OS PASSEIOS PELA SERRA DO TORREAO

Uma das coisas mais gostosas de se fazer, é visitar a serra do Torreão, principalmente nos períodos invernosos. Além do contato com a natureza, inclusa vegetação remanescente da Mata Atlântica, tem-se uma ampla e bela visão de parte das regiões do Mato Grande e Central.

Do alto da serra do Torreão são avistadas, num raio de, aproximadamente, setenta quilômetros, as seguintes localidades: ao poente, num primeiro momento,  as localidades de Pedra D`água, Amarelão e o Assentamento Santa Terezinha. Lançando-se o olhar na linha do horizonte, a serra do Cabugi, por inteiro, a uma distância de aproximadamente 50 quilômetros em linha reta; ao nascente, no sopé, o açude Grande, construído por ocasião da passagem da rede ferroviária. Logo a seguir, a cidade de João Câmara. Mais ao longe, a BR-406, cujo eixo foi construído tendo por azimute o cume da serra, e as comunidades de Assunção, Matão, Cravo, Aroeira, Arizona e Samambaia, esta já no município de Poço Branco, e a Serra Pelada, no município de Taipu; ao Norte, pras bandas das praias, avistam-se as comunidades de Morada Nova,  Breginho, Assunção, diversos Assentamentos Rurais e a Serra Verde, com todas as comunidades situadas no seu lombo; ao sul, podem-se ver todas as comunidades que margeiam o rio Ceará-Mirim (Pousa, Ladeira Grande, Passagem dos Caboclos, Passagem de Pedra, Várzea do Domingo, Riacho Fundo, Riacho da Fazenda  e Valentim), e as cidades de Bento Fernandes e Santa Maria, esta localizada a mais de 50 quilômetros em linha reta e  seus respectivos povoados.

Durante o inverno, quando todo o chão vislumbrado a partir do cume da serra do Torreão parece um tapete multicolorido, com diversas tonalidades de verde e azul, proveniente dos campos e dos espelhos d’água dos açudes, barreiros e riachos cheios,   a visão que se tem do alto da serra é simplesmente encantadora.

Foto: Vista do Turrião   



João Câmara RN (História)


João Câmara: Terra dos abalos

A cidade de João Câmara está localizada no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Sua distância da Capital, Natal, é de 72km. A cidade é conhecida com a Capital do Mato Grande, e sua história teve início com a grande produção de algodão e sisal.

A história da estrada ferroviária

Os trilhos da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do norte avançavam pelo interior adentro e chegavam a um lugar chamado Matas. Ao redor da residência do engenheiro Antônio Proença, na época responsável pela construção da extensão da estrada ferroviária, os ferroviários faziam acampamentos.

Em 1910 começaram a surgir as primeiras casas da localidade . Em 1915, o acampamento de trabalhadores ferroviários passou a ter fundamentos e sinais evidentes de vila com uma povoação estabilizada, vivendo em razoável estágio de conforto quando surgiu a capela de Nossa Senhora Mãe dos Homens.

O povoado de Matas chegou à condição de município pela Lei no 697, de 29 de outubro de 1928, com o nome originário de sua localidade, Baixa Verde, desmembrado de Touros, Taipu e Lajes.

O novo município teve como seu primeiro prefeito a figura histórica de João Severiano da Câmara que com muito trabalho e versatilidade conseguiu vencer na política, chegando a ser deputado e senador.
João Câmara inseriu Baixa Verde na modernidade da época, com a implantação de indústrias, com um trabalho organizado de assistência social, com a construção de estradas e com a ampliação do setor produtivo, mais notadamente da industrialização do algodão e do sisal.

Após o falecimento do líder baixa-verdense, em 1948, começou a existir o desejo de mudar o nome do município em homenagem a sua mais ilustre figura. Foi pela Lei no 899, de 19 de novembro de 1953, que Baixa Verde passou a se chamar oficialmente João Câmara.
Fonte: IDEMA